Não no orçamento. Na escrita. Uma boa edição de texto faz milagres. Como um bom corte de cabelo mas vezes mil.
A verdade é que é difícil dizermos o que pretendemos à primeira. Repetimo-nos, enganamo-nos, trocamos a ordem das ideias, esquecemo-nos do leitor e com a má forma podemos aniquilar o conteúdo.
Porém, sentido crítico, familiaridade com a(s) língua(s), cultura geral e talento para a cirurgia podem ressuscitar um texto.
É difícil para o paciente, que nem sempre tem a paciência necessária. Mas para o operário das obras também não é fácil. Para o primeiro, o segredo é confiar. No caso do segundo, o truque é ser-se alternadamente protector, crítico, impiedoso e criativo.
Protector para com o leitor, para com as suas expectativas, respeitando o tempo e o dinheiro que ele despenderá com o texto, mas também para com o autor/tradutor, que cairia no ridículo se certas coisas chegassem a público, e ainda para com a editora, que acolhe a obra.
Crítico para com o autor/tradutor, que são humanos e, naturalmente, falham, e para com o próprio, medindo as medidas tomadas.
Impiedoso para com o texto, fazendo o bem sem olhar a quem, avançando com coragem e razão.
Criativo nas soluções propostas, procurando beneficiar todas as partes sem ferir susceptibilidades.
Se tudo correr bem, no fim ganham todos, especialmente os leitores.
Se os editores de texto fazem falta hoje? Por Zeus, mais do que nunca!
A verdade é que é difícil dizermos o que pretendemos à primeira. Repetimo-nos, enganamo-nos, trocamos a ordem das ideias, esquecemo-nos do leitor e com a má forma podemos aniquilar o conteúdo.
Porém, sentido crítico, familiaridade com a(s) língua(s), cultura geral e talento para a cirurgia podem ressuscitar um texto.
É difícil para o paciente, que nem sempre tem a paciência necessária. Mas para o operário das obras também não é fácil. Para o primeiro, o segredo é confiar. No caso do segundo, o truque é ser-se alternadamente protector, crítico, impiedoso e criativo.
Protector para com o leitor, para com as suas expectativas, respeitando o tempo e o dinheiro que ele despenderá com o texto, mas também para com o autor/tradutor, que cairia no ridículo se certas coisas chegassem a público, e ainda para com a editora, que acolhe a obra.
Crítico para com o autor/tradutor, que são humanos e, naturalmente, falham, e para com o próprio, medindo as medidas tomadas.
Impiedoso para com o texto, fazendo o bem sem olhar a quem, avançando com coragem e razão.
Criativo nas soluções propostas, procurando beneficiar todas as partes sem ferir susceptibilidades.
Há que respeitar as intenções do autor/tradutor, as ideias no texto, as necessidades do leitor. E no meio de tudo isto manter-se invisível.
É difícil para o autor/tradutor admitir insuficiências e perfilhar passagens que não são suas.
É difícil para o revisor/editor de texto, que tem de recorrer à negociação permanente (e que deixará de conseguir ler seja o que for em paz).
A editora faz de árbitro e se o fizer bem não ficará a perder.
É difícil para o autor/tradutor admitir insuficiências e perfilhar passagens que não são suas.
É difícil para o revisor/editor de texto, que tem de recorrer à negociação permanente (e que deixará de conseguir ler seja o que for em paz).
A editora faz de árbitro e se o fizer bem não ficará a perder.
Se tudo correr bem, no fim ganham todos, especialmente os leitores.
Se os editores de texto fazem falta hoje? Por Zeus, mais do que nunca!
* Writing naked (nakeder than Orwell)
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