19.12.12
18.12.12
Para quem gosta de papel
Há os perfumes e as cartas de direitos. Felizmente, há muitas maneiras de se gostar de uma coisa.
17.12.12
Livros no telemóvel
Há uns anos, disseram-me que os japoneses liam livros no telemóvel. Também me disseram que os seus livros eram impressos em papel de jornal e que os deitavam fora depois de os ler ou que os largavam algures num sítio público. Apegada que sou aos objectos, fiquei espantada, mas lá acreditei, por já conhecer a sua falta de espaço em casa e o seu desprendimento e sentido prático (para algumas coisas). Agora aquela do telemóvel é que eu não engolia. Era invenção. Eu, no meu pequeno ecrã verde com letras pretas aos cubinhos, pouco mais lia do que três linhas de SMS de cada vez — como seria possível ler um livro ali? E como funcionaria? Pagava-se a uma entidade que nos ia enviando parágrafos em SMS? A caixa de mensagens não ficaria cheia?
O engano foi-se desfazendo devagar, aos bocadinhos, e lá fiquei a saber como era. Hoje, a pensar no que tinha lido neste ano que termina, apercebi-me de que li no telemóvel, entre metro e salas de espera, um livro que em papel tem 800 páginas, um outro de 500, indo a 20% de um terceiro, de 500. Não restam dúvidas, vivo no futuro.
O engano foi-se desfazendo devagar, aos bocadinhos, e lá fiquei a saber como era. Hoje, a pensar no que tinha lido neste ano que termina, apercebi-me de que li no telemóvel, entre metro e salas de espera, um livro que em papel tem 800 páginas, um outro de 500, indo a 20% de um terceiro, de 500. Não restam dúvidas, vivo no futuro.
10.12.12
Plataforma
O presidente executivo, o director-coordenador de edições gerais, o director-coordenador comercial e de marketing e o director de sistemas de informação da LeYa (ufa) vão inaugurar, amanhã, uma «plataforma de autopublicação* e obras digitais». Ena.
Vamos ver o que aí vem.
*A piada não é minha, mas é genial: Se os autores vão dispensar as editoras, que dispensem as nossas.
7.12.12
Livremo-nos
Chegou a época do Natal e, com ela, a pergunta «o que o oferecer a X, Y e Z?». A resposta é simples: LIVROS. Há-os para todos os gostos, idades e preços. E se o recipiente não gostou, troca-se! Dá-se um objecto bonito, que fica, que não choca com a decoração, e ajuda-se uma indústria importante que, apesar de estar cheia de malucos e incompetentes, também alimenta muito boa gente. Perfeito, não é?
Ah, mas e a crise e tal.
Alto. Se tem receio de entrar numa livraria, ele há feiras. Muitas feiras. Para começar, a Festa dos Livros da Gulbenkian. Para acabar, a da Gare do Oriente, com coisas óptimas da Bertrand, Círculo, Temas e Debates, Quetzal, etc. a 50% do preço original. (Sim, são sobretudo livros do universo Bertrand, mas não só.) Portanto, não há desculpas.
Vá, não se arme em moderno, a oferecer e-books. Saia de casa e vá num safari livresco, de lista em riste. Em três tempos terá sacos cheios de boas pechinchas. Boa caçada!
4.12.12
O mal-estar na Civilização II
Depois deste meu post, passei por uma grande superfície comercial e fui espreitar os livros. Eis a ficha técnica:
Tanto quanto sei, os departamentos editoriais das editoras não desenham capas...
Os livros, em si, são objectos agradáveis. Pena é cheirarem a esturro.
Tanto quanto sei, os departamentos editoriais das editoras não desenham capas...
Os livros, em si, são objectos agradáveis. Pena é cheirarem a esturro.
3.12.12
Downton Abbey à portuguesa
Theresa Castello Branco, no seu óptimo blogue Libri Librorum, anunciou há uns meses que iria tentar publicar uma obra em vários volumes intitulada Uma Época, uma Sociedade, uma Família. O séc.XIX na correspondência de D.Teresa Sousa Botelho, condessa da Ponte e suas filhas 1834-1911. Pela amostra, parece óptima. Espero que alguma editora aceite o desafio. Gossip histórico e ainda por cima nacional? Com umas letras douradas na capa em tons de rosa-velho, nem era preciso juntar-lhe brindes para se vender como pães quentes.
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